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Gordura no fígado: o que é e como tratar

22 julho 2017

Caracterizada como uma doença silenciosa, a gordura no fígado é apontada como uma das patologias mais frequentes da atualidade, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia. Dados apontam, inclusive, que de 20% a 30% da população convive com a doença sem ao menos suspeitar.

Capaz de atingir homens e mulheres de todas as idades, até mesmo crianças e adolescentes, o fígado gordo, muitas vezes é consequência de uma má alimentação ou obesidade causada pelo sedentarismo, cardápio regado por gordura ou genética. Quando não controlada, a enfermidade é capaz de progredir para doenças mais sérias ou até mesmo desencadear o agravamento da diabete, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Se você foi diagnosticado com gordura no fígado ou mantém hábitos pouco saudáveis e está preocupado com a probabilidade de desenvolver a enfermidade, saiba que é possível combate-la. Por isso conheça melhor essa patologia e saiba como funciona a prevenção e tratamento.

O que é gordura no fígado?

Na linguagem médica essa doença é conhecida como esteatose hepática, mas é popularmente conhecida como fígado gordo e é caracterizada por um acúmulo excessivo de gordura no órgão. Com o tempo, se não diagnosticada, a condição pode causar um processo inflamatório no corpo, capaz de evoluir para uma cirrose ou até mesmo um câncer.

Felizmente, essa é uma doença benigna, ou seja, pode ser tratada com algumas mudanças no estilo de vida, especialmente no cardápio. Isso porque são os descuidos da alimentação que resultam num excesso de triglicerídeos e ácidos graxos armazenados no fígado. Com essa sobrecarga de gorduras, o órgão pode entrar em colapso e se tornar incapaz de realizar suas funções com a mesma eficiência, como por exemplo, eliminar elementos tóxicos do organismo.

Sintomas

Normalmente a gordura no fígado é caracterizada como uma doença assintomática, ou seja, não apresenta sintomas, mas pode ser detectada em exames de ultrassonografia do abdômen, em que é possível notar o aumento do órgão.

Conforme o quadro da doença se agrava é possível perceber sinais como fadiga, dores na parte superior direita do abdômen, fezes sem cor, alterações da coagulação, insônia, confusão mental, tremores repentinos, aumento rápido do volume abdominal, inchaço dos membros inferiores, aranhas vasculares, veias azuis de tamanho pequeno e fluxo de sangue fraco, e icterícia, aspecto amarelado na pele, mucosas e olhos.

Como tratar?

Para diminuir a gordura no fígado não há um tratamento específico ou medicação certa, mas a doença, em muitos casos, é reversível e tem cura. A maneira correta de combatê-la varia muito das causas da doença, mas ela basicamente obedece três seguimentos: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.

Normalmente, se o motivo da doença for devido à obesidade ou alimentação ruim, a forma mais eficaz de controlar a gordura no fígado é a perda de peso e uma mudança de hábito alimentar. Uma redução de 7% em relação ao peso corporal já pode ser muito significativa para a boa saúde do órgão. É importante ressaltar apenas, que a perda de peso deve ser de forma gradual, pois as diminuições reduções bruscas podem agravar ainda mais o quadro de fígado gordo.

Outros hábitos também devem ser adotados como, por exemplo, a diminuição considerável do consumo de carboidratos, maior ingestão de alimentos ricos em fibras, eliminação do álcool do cardápio, prática constante de atividade física e inclusão de alimentos como quinoa, beterraba, espinafre, ovo e soja na dieta. Por serem ricos em colina e betaína, ajudam o fígado a exportar triglicérides para a corrente sanguínea sem haver acúmulo das células no órgão.

Fatores de risco

A esteatose hepática na maioria das vezes é a consequência de uma má alimentação e sobrepeso, mas algumas condições podem influenciar no surgimento da mesma. Mulheres, por exemplo, são mais suscetíveis ao desenvolvimento do fígado gordo do que os homens. Isso porque o estrógeno, hormônio produzido naturalmente pelo corpo feminino, facilita o acúmulo de gordura no organismo.

Além disso, outros fatores oferecem risco no desenvolvimento da doença como, por exemplo, hipotireoidismo, síndrome do ovário policístico, apneia do sono, síndrome metabólica, diabetes, resistência à insulina, hepatites virais, triglicérides e colesterol altos, consumo excessivo de álcool e uso constante de medicamentos como corticoides, amiodarona, estrógeno, diltiazem, tamoxifeno e antirretrovirais.

Para evitar o agravamento do quadro da doença, não deixe de cuidar da saúde e manter hábitos alimentares saudáveis regularmente. Claro que isso não significa deixar de lado os pequenos prazeres da mesma, mas sempre com moderação, certo? Para ficar por dentro de mais dicas saudáveis como essa continue acompanhando o blog da Nova Nutrii e saiba tudo sobre nutrição e qualidade de vida.