A diarreia e a constipação estão entre as complicações mais comuns enfrentadas por pacientes que fazem uso da dieta enteral. Essas alterações no funcionamento intestinal podem gerar desconfortos e preocupações, mas, apesar desses efeitos adversos, a dieta continua sendo essencial para garantir a nutrição adequada, especialmente em casos em que a alimentação oral não é possível ou suficiente.
Por isso, antes de interromper o tratamento, é fundamental investigar as causas dessas complicações intestinais e adotar medidas que ajudem a prevenir e controlar esses sintomas, garantindo a eficácia e segurança da terapia nutricional.
Dieta enteral e as alterações no funcionamento intestinal
Tanto a diarreia quanto a constipação intestinal são alterações no ritmo e na consistência das evacuações. Geralmente é considerado diarreia quando se tem um aumento na frequência e na consistência das fezes.
No contexto da nutrição enteral, o paciente que apresenta evacuações líquidas ou semilíquidas mais de 3 vezes ao dia, especialmente se isso for um novo padrão para ele, é considerado diarreia.
Um artigo publicado na Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) apontou que a diarreia é um dos riscos metabólicos mais presentes e que leva a interrupção da terapia da dieta enteral. A literatura reporta que casos de diarreia aconteceram entre 15% e 38% dos pacientes críticos em uso de dieta enteral.
Já a constipação intestinal é o caminho inverso, ou seja, acontece uma redução na frequência de evacuações – menos de 3 vezes por semana. O paciente também pode apresentar dificuldade para evacuar, fazendo um esforço excessivo e sofrer de desconforto abdominal e inchaço.
Ambas as condições requerem avaliação individualizada, especialmente em pacientes em dieta enteral, pois podem indicar a necessidade de ajustes na fórmula, na taxa de infusão, na hidratação ou até mesmo em medicamentos utilizados.
Entenda a alimentação enteral
A alimentação enteral é comumente utilizada em pacientes com dificuldades de deglutição ou outras condições médicas. Nestes casos, uma sonda é inserida através do nariz, boca ou diretamente no abdômen para administrar alimentos líquidos e medicamentos, garantindo nutrição e hidratação.
Essa técnica é indicada em várias situações clínicas e condições médicas, como a disfagia severa, onde pacientes têm dificuldade significativa para engolir, como aqueles que sofreram AVC. Também é usada em distúrbios neurológicos, como Alzheimer, demência e Parkinson, que podem comprometer a alimentação.
Após cirurgias e em terapia intensiva, a alimentação por sonda é usada para oferecer calorias e nutrientes essenciais. Pode, ainda, ser aplicada em casos de distúrbios gastrointestinais, para evitar a sobrecarga no sistema digestivo, de anorexia, e em casos de desnutrição grave que exigem dieta específica.
Como evitar a diarreia e a constipação durante a terapia enteral
Embora a dieta enteral seja fundamental para a saúde do paciente que está em tratamento, é importante reconhecer se algum procedimento ou até a própria fórmula esteja impactando em complicações intestinais.
A forma como a dieta é administrada por ser uma das causas de desencadear a diarreia, por exemplo. Por isso, é importante que, em temperatura ambiente, a fórmula seja aplicada lentamente. Se a sonda estiver no estômago, o volume deve correr em 1h, já no intestino, em 1h30min. O profissional de saúde ainda deve definir o volume e os horários para administração, semelhantes às refeições normais, que podem ser ajustados à rotina da família.
Para melhorar a tolerância, recomenda-se que a dieta seja administrada de forma fracionada ao longo do dia, dividida em pequenas porções com intervalos regulares, conforme orientação profissional. Além disso, é fundamental garantir a hidratação adequada: a água deve ser oferecida pela sonda entre as refeições, em volume e frequência definidos pelo profissional de saúde, evitando desidratação e contribuindo para o bom funcionamento intestinal.
Outro cuidado importante para evitar qualquer tipo de problema intestinal é em relação a higienização e os cuidados com a sonda. Nesse sentido, as mãos devem ser lavadas antes do preparo e as unhas devem estar curtas. Caso a sonda precise ser lubrificada, use gel à base de água. Mantenha o local da sonda limpo e seco, troque o curativo regularmente e lave a sonda internamente com água e externamente com gaze, água e álcool a 70% ou sabonete suave após cada administração da fórmula.
A composição das fórmulas enterais também pode interferir no sistema gastrointestinal. As opções com alta osmolaridade, com presença de carboidratos e com ausência de fibras, por exemplo, podem ocasionar episódios de diarreia ou constipação.
Por isso, é fundamental que pacientes de dieta enteral façam uso de produtos que ofereçam boa tolerância. Nesse sentido, a Nutrii oferece um catálogo repleto de opções seguras e eficazes para uma alimentação enteral completa. Além disso, é importante verificar as instruções e os prazos de validade das fórmulas usadas.
Nós nos preocupamos em fornecer fórmulas que auxiliem todo o processo da terapia enteral para que o alimento cumpra sua função em nutrir o organismo do paciente e não desencadear outros problemas.
Nossos produtos são prontos para a administração, como o Isosource ou Trophic que apresentam boa tolerância intestinal, sendo importante apenas se atentar na quantidade recomendada pelo médico ou nutricionista responsável pela dieta. Cada fórmula foi pensada para atender os diferentes tipos de pacientes e, nesse sentido, trabalhamos com marcas renomadas no mercado como Nestlé, Prodiet e Fresenius.
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