A dieta enteral é uma das principais estratégias para garantir a nutrição completa de pessoas que estão em recuperação ou tratamento clínico, especialmente para aquelas que não conseguem se alimentar via oral. Porém, quando não é administrada de forma correta, ela pode representar um risco à saúde.
Práticas inadequadas no preparo, armazenamento ou manuseio da dieta enteral estão entre as principais causas de contaminação, podendo levar a infecções, complicações clínicas e até agravamento da saúde do paciente.
Falta de higiene está entre as principais causas de contaminação da dieta enteral
Estudos mostram que há um elevado índice de contaminação nos locais de manipulação desse tipo de dieta, especialmente quando não são seguidas boas práticas de higiene. A pesquisa aponta que a principal causa dessas contaminações é a falta de higiene dos manipuladores, o que compromete seriamente a segurança alimentar do paciente.
As dietas não industrializadas, em especial, apresentaram os maiores índices de contaminação. Isso se deve ao fato de exigirem um tempo maior de preparo, a necessidade de um ambiente específico e uma manipulação mais intensa das matérias-primas, o que aumenta significativamente os pontos críticos de controle durante o processo.
Diante dessa realidade, aprender as formas adequadas de preparo e administração da dieta enteral é fundamental.
Higienização pessoal e dos equipamentos
Pacientes que recebem dieta enteral geralmente são nutridos através de uma sonda nasoenteral. Por isso, além de todo cuidado para a forma de preparo, o cuidador ainda precisa ter atenção na administração da nutrição, tanto na forma como a dieta é ministrada, bem como com os equipamentos que são utilizados.
Em todas as situações, a principal medida é manter boas práticas de higiene - afinal, esta é uma das principais causas de contaminação e elas começam com a pessoa que vai administrar a dieta. Por isso, o cuidador precisa lavar, em abundância, as mãos com água e sabão, antes de ter o contato com o paciente. É importante, também, que não se faça uso de anéis e pulseiras.
A água deve ser utilizada para a assepsia do tubo da sonda antes e após a administração da dieta, geralmente 20 ml do líquido já são suficientes. É importante que a injeção de água seja feita sem muita pressão para que não rompa o equipamento.
Como a sonda é feita de silicone, a recomendação é que o manuseio seja feito com cuidado e sempre estar atento se o tubo não apresenta furos ou fissuras, porque pode ser porta de entrada para bactérias que se alojam no organismo do paciente, correndo o risco de ocasionar infecções.
Orientações:
Após ministrar a dieta, é necessário fazer a higienização de todos os equipamentos utilizados, caso não seja possível descartá-lo, desde que não ultrapasse 7 dias de uso. Seguindo as seguintes orientações:
- Retire o excesso dos resíduos que ficam no equipamento com água;
- Adicione detergente neutro e, com uma escova, retire todo resíduo de dentro do frasco e enxágue na sequência;
- Após, adicione água no equipamento e conecte o equipo, liberando a passagem de água para que a higienização também seja feita;
- Coloque os equipamentos em uma bacia com 1 litro de água e a medida de uma tampa da embalagem de água sanitária e deixe imersos por 15 minutos;
- Enxágue com água todos os equipamentos e deixe secar em um escorredor, de preferência que seja usado somente para este fim; não se deve enxugar os equipamentos;
- Cubra os utensílios com um tule para evitar que insetos e microrganismos tenham contato;
- Após estarem totalmente secos, devem ser acondicionados em uma vasilha com tampa, dentro da geladeira.
Mais dúvidas, assista ao vídeo.
Cuidados com a embalagem da dieta enteral
Para dar início à administração da dieta, o cuidador deve colocar a alimentação enteral no frasco da sonda, encaixar o equipo no frasco e deixá-lo suspenso em um gancho ou suporte, atentando-se que ele fique acima do nível da cabeça do paciente.
Na sequência, é preciso abrir o equipo para tirar todo ar e completar com a dieta para então fechar a roldana e conectar a sonda nasoenteral. Depois, o cuidador pode abrir a roldana e regular o gotejamento da dieta que deve ocorrer entre 40 e 60 minutos.
Ao final da dieta, é preciso passar a água indicada pela sonda e após, injetar mais 20 ml de água, com a seringa. Na sequência, tampe a sonda.
Importante ressaltar que o tipo de dieta vai depender do estado do paciente e em todos os tipos de administração é fundamental que não se tenha pressa, porque o paciente pode sofrer de distensão abdominal, má absorção, vômito e diarreia.
Caso não seja consumida toda a embalagem, é preciso que seja mantida na geladeira para evitar a proliferação dos microrganismos, seguindo as orientações do fabricante em relação a validade do produto. Normalmente, após aberto, a recomendação é que seja utilizado em até 24 horas.
Porém, sua administração só deve ser feita em temperatura ambiente, desta forma, ter um planejamento da quantidade de ml que será servida e retirar o produto de 30 a 40 minutos antes de oferecer ao paciente, é essencial.
Dieta enteral de sistema fechado reduz risco de contaminação
Se busca mais segurança na administração da dieta enteral, uma opção são as nutrições de sistema fechado que não exigem fracionamento, evitando que a alimentação entre em contato com o ar.
A Nutrii, empresa comprometida em fornecer soluções nutricionais que promovem saúde, bem-estar e recuperação, oferece uma nutrição enteral pronta para pacientes que fazem dieta por meio de sonda nasoenteral. Nossos produtos são formulados especialmente para atender às necessidades de diferentes tipos de pacientes e, nesse sentido, trabalhamos com marcas renomadas no mercado como Nestlé, Prodiet e Fresenius.
Além de garantir uma nutrição rica em vitaminas e nutrientes, os produtos para uma dieta enteral da Nutrii trazem praticidade para o cuidador ou familiar responsável pelo cuidado do paciente. Uma vez que eles já são prontos para a administração, sendo importante apenas se atentar na quantidade recomendada pelo médico ou nutricionista responsável para a dieta.
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