Cuidar de um paciente acamado vai muito além das tarefas do dia a dia. O familiar ou cuidador precisam despender de uma atenção constante, bem como de empatia e, principalmente, sensibilidade para perceber sinais que nem sempre são ditos com palavras.
A recusa alimentar, por exemplo, está entre os principais desafios dos cuidadores. Essa resistência à alimentação adequada pode gerar uma preocupação e, por vezes, frustração para quem está ali, tentando oferecer o melhor cuidado possível.
Se você está enfrentando esse problema ou tem receio de que possa enfrentar, fique conosco neste artigo que traremos algumas orientações de como é possível contornar a situação.
Causas de recusa alimentar de um paciente acamado
O primeiro ponto é tentar compreender essa resistência que, muitas vezes, pode não acontecer por acaso. O paciente acamado acaba rejeitando a alimentação por uma série de fatores, como a perda do apetite decorrente do próprio quadro clínico, alterações no paladar, sofrer de disfagia (dificuldade para engolir), efeitos colaterais de medicamentos, desconforto físico ou emocional, além de questões psicológicas, especialmente por não saber lidar com a perda de autonomia.
Por isso, diante de todos esses cenários, é extremamente importante que você acolha do que insista. Nesses casos, é importante que este paciente seja ouvido com atenção, seja observado com carinho e receba toda sua paciência para lidar com cada reação.
Entenda que forçar a alimentação, embora entendamos a preocupação com questões de desnutrição, pode gerar ainda mais rejeição e sofrimento. Respeitar o tempo do paciente é essencial para o sucesso no tratamento, porque, aos poucos, é possível construir uma relação de confiança entre ambos e você vai conseguir oferecer pequenas porções, convidar para experimentar diferentes texturas e sabores, sempre com muito diálogo e acolhimento.
Com o tempo, o paciente acamado vai se adaptando e, daí sim, é possível incluir alimentos mais nutritivos e variados na rotina.
É válido lembrar que a situação de cada paciente acamado é única e a alimentação vai variar de acordo com o estado nutricional, das doenças pré-existentes, das preferências por determinados alimentos, do meio de entrada do alimento (pela boca ou por sonda).
Como agir?
Já citamos aqui que paciência e escuta ativa são pontos fundamentais para quem está cuidando de um paciente acamado. Aplicando essa forma de lidar, fica mais fácil de construir uma relação de confiança para que, aos poucos, você consiga uma introdução gradual de alimentos.
Um dos pontos que um paciente precisa lidar é a perda de autonomia, portanto, se for possível estimule-o, permitindo que ele se alimente sem ajuda, mesmo que o processo seja mais demorado que o normal. Se necessário, adapte os móveis e utensílios de cozinha para facilitar esse processo.
É importante que todo momento de se alimentar, o paciente acamado esteja sentado, elevando a cabeceira da cama, se possível, ou usando travesseiros. Mantenho-o nessa posição por, pelo menos, 30 minutos após terminar a refeição.
Não esqueça de verificar a temperatura do alimento, porque ele pode ter alguma redução de sensibilidade que vai dificultar a percepção de temperatura. Além disso, atente-se se o paciente não está sentindo nenhuma dor, porque ela geralmente desestimula o apetite.
Além disso, incentive o consumo de água em pequenas quantidades, ao longo do dia, entre as refeições e até quando ele não manifesta que está com sede.
Se necessário, procure ajuda de profissionais de saúde para a possibilidade de introdução gradual de suplementos alimentares. Eles ajudam a garantir uma ingestão adequada de nutrientes, tornando a alimentação mais segura e eficiente.
São inúmeros os benefícios dos suplementos nutricionais, mas a principal vantagem está na praticidade: uma forma rápida e eficiente de obter nutrientes essenciais que, muitas vezes, não conseguimos absorver adequadamente por meio da alimentação convencional – ampliando para uma parcela de pessoas que tem problemas de deglutição, as necessidades de uma boa nutrição são ainda mais importantes.
Além disso, os suplementos estão cada vez mais acessíveis e personalizados, atendendo desde necessidades gerais até demandas mais específicas, como reforçar o sistema imunológico, melhorar a saúde intestinal ou combater a fadiga.
Agora se o paciente sofre de disfagia, ou seja, apresenta dificuldade para deglutir os alimentos, os espessantes são excelentes alternativas para ajudar nessa recusa da alimentação. Porém, é importante buscar por produtos que não alterem o alimento.
O segredo está na progressão cuidadosa, respeitando a aceitação do paciente e buscando sempre o equilíbrio do que realmente é necessário e possível naquele momento.
O cuidar é um ato de amor que se constrói todos os dias, alguns mais desafiadores do que outros, mas sempre com pequenas vitórias e avanços.
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A partir da indicação e orientação de profissionais de saúde para a introdução de suplementos e espessantes para o paciente acamado, conte com a Nutrii e seus produtos para este processo.
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