Quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser realizada, suas necessidades nutricionais podem ser satisfeitas através da nutrição enteral. A nutrição enteral é uma alternativa para a ingestão de alimentos e pode ser feita através de uma sonda posicionada ou implantada no estômago, no duodeno ou no jejuno. Os alimentos estão na forma líquida ou em pó e contém o mesmo valor nutricional (proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais) que uma alimentação normal e equilibrada.
Se o paciente, após receber alta hospitalar, apresentar perda de peso constante, inapetência, saiba que é muito importante avisar um profissional da área para realizar uma avaliação personalizada, para que o quadro seja controlado e o paciente se sinta bem, forte, motivado e nutrido. A terapia nutricional enteral é um método simples, que deve ser realizado e orientado por profissionais capacitados, onde ajudará a manter o seu estado nutricional adequado, com uma melhor qualidade de vida. (fonte de apoio: http://www.nestle-nutricaodomiciliar.com.br)
Ambas possuem o mesmo objetivo, que é garantir e assegurar o estado nutricional do paciente, mas a diferença entre elas está no tipo do acesso, sendo que a via enteral é através de sonda implantada no estômago, duodeno ou jejuno e a via parenteral é através de acesso venoso (veia). Normalmente a via parenteral é administrada apenas em hospitais.
Temos algumas opções de dieta enteral: em pó para constituição, líquida industrializada pronta para o uso e a caseira.
A dieta enteral em pó, é prática, fácil uso, mas requer tempo para diluição e agilidade para evitar formação de grumos, correndo o risco de entupimento da sonda.
A dieta enteral líquida industrializada, são práticas, líquidas e prontas para o uso. Oferecem maior segurança quanto evitar riscos de contaminação durante manipulação e maior garantia do valor nutricional oferecido.
A dieta enteral artesanal (caseira), é preparada através de alimentos in-natura, como carnes, óleo, leite, margarina, hortaliças, sendo estes triturados e peneirados inúmeras vezes, evitando manter partes sólidas dos alimentos para oferecer ao paciente sem preocupação. O local onde será preparado deve estar muito limpo e os alimentos bem higienizados. Durante o processo de preparação desta dieta enteral (cocção, liquidificar...) há uma perda de nutrientes, não garantindo 100% a oferta nutricional à ele.
As dietas enterais industrializadas devem ser armazenadas em local fresco e seco, longe da luz do sol e longe de produtos de limpeza.
Após aberta devem ser deixadas em geladeira e desprezadas após 24h.
A dieta enteral não deve ser aquecida. O correto é que a dieta enteral seja administrada em temperatura ambiente, devendo ser retirada da geladeira cerca de 30 a 40 minutos antes da administração.
Com a dieta enteral fechada a validade da dieta enteral deve ser respeitada conforme descrita na embalagem. Após aberta, a validade é de 24 horas desde que seja armazenada em geladeira.
Não é necessário esse procedimento. A dieta enteral líquida já vem do laboratório pronta para ser administrada ao paciente. Somente a dieta enteral em pó deve ser diluída em água.
Em domicílio pode-se utilizar 1 frasco e 1 equipo a cada 24 horas.
Recomendamos que para essa reutilização seja realizada a higienização com hipoclorito de sódio para uma higienização mais eficaz.
A quantidade de dieta enteral a ser administrada é individualizada. Para isso é necessária uma avaliação nutricional para que seja determinada a necessidade nutricional de cada paciente e dessa forma o volume diário da dieta enteral a ser administrado.
A dieta enteral industrializada é completa e equilibrada nutricionalmente, sendo assim suficiente para a nutrição do paciente. Sendo administrada respeitando a necessidade nutricional individual de cada paciente, ela vai nutrir ele de forma correta e o paciente não sentirá fome.
O volume da dieta enteral depende da recomendação da nutricionista que realizou a indicação. O tempo de administração vai depender do volume. O recomendado é que a dieta enteral seja administrada com gotejamento de 1 gota por segundo = 60 gotas por minuto.
Após a administração de cada dieta enteral, o ideal é administrar água para hidratação. O volume a ser administrado depende de paciente para paciente, variando entre 50 a 250ml.
Após a administração da dieta enteral ou de medicamentos, recomendamos que a sonda seja lavada com água para retirar resíduos. Geralmente, são utilizados 40ml de água que deve ser injetada na sonda através de uma seringa.
Primeiramente, sempre verifique o prazo de validade da dieta enteral.
Os utensílios para a administração da dieta enteral devem ser de uso exclusivo para essa finalidade.
Sempre lavar bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o preparo.
Nunca servir dieta enteral gelada ao paciente e nem aquecer a mesma. Oferecer em temperatura ambiente.
A dieta enteral deve ser oferecida lentamente para evitar qualquer desconforto. Seguir a orientação em relação ao volume e gotejamento.
Os horários para administração da dieta enteral geralmente seguem o de refeições normais: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Podemos citar com exemplo os seguintes horários: 6h – 9h – 12h – 15h -18h e 21h. Esses horários podem ser adaptados de acordo com a rotina familiar.
O paciente deve estar sentado ou com a cabeceira da cama elevada a 45º durante a administração da dieta enteral. Após o término da dieta enteral, manter o paciente nessa posição por pelo menos 30 minutos.
Sempre lavar a sonda após a administração de dieta enteral ou medicamento.
A nutrição enteral Sistema Aberto é aquela onde é necessária a manipulação da dieta enteral antes da sua administração ao paciente, sendo colocada em frascos descartáveis no volume individual por horário.
A nutrição enteral Sistema Fechado geralmente é mais utilizada em ambiente hospitalar, sendo a embalagem dela estéril, hermeticamente fechada e com uma conexão específica para a administração em bomba de infusão, não havendo nenhuma manipulação com a dieta enteral.
O paciente pode tomar qualquer dieta enteral?
Não. A melhor fórmula para o paciente é definida através de uma avaliação nutricional e de exames laboratoriais.
Exemplos:
* Se o paciente tem algum problema renal, a dieta enteral indicada deve ser uma com teor baixo de proteínas.
* Se o paciente tem uma necessidade de proteínas elevada, deve ser indicada uma dieta enteral rica em proteínas.
* Se o paciente tem uma disfunção intestinal, a dieta enteral deve conter fibras específicas para regularização.
Por isso, a indicação da dieta enteral é individualizada.